1973 - GENOLINO AMADO, INSPIRADOR DE "CIDADE MARAVILHOSA"


Genolino Amado

              Em 1973, Genolino Amado foi eleito para Academia Brasileira de Letras. Genolino nasceu em Itaporanga, em 3 de agosto de 1902, foi jornalista, professor, ensaísta, cronista e teatrólogo. Foi para São Paulo onde trabalhou no Correio Paulistano, em 1928 foi nomeado para Chefe da Censura Teatral e Cinematográfica de São Paulo, conviveu com os modernistas Oswald de Andrade, Menotti, Cassiano Ricardo e Cândido Motta Filho, se ligou intimamente a Galeão Coutinho, Brito Broca e Orígenes Lessa.
           Perdido o cargo com a Revolução de 1930, retornou imediatamente ao jornalismo, com posição de destaque nos Associados, dirigindo o Suplemento Literário do Diário de São Paulo e publicando cotidianamente crônicas no Diário da Noite. Ao mesmo tempo iniciou a sua colaboração na emissora Record, atendendo a convite de César Ladeira, seu jovem colega de redação, que se transformara repentinamente em locutor popularíssimo.
             Levado para o Rio de Janeiro pelo radialista, trabalhou nas Rádios Mayrink Veiga e Nacional, escrevendo as "Crônicas da Cidade Maravilhosa", na voz de César Ladeira, inspirando André Filho na composição da marcha "Cidade Maravilhosa" que se tornaria o hino da Guanabara, foi nomeado professor de curso secundário da então Prefeitura do Distrito Federal, na grande reforma da instrução pública realizada por Anísio Teixeira; Escreveu diversos livros, "O Menino Sergipano", "O Reino Perdido", "Os inocentes do Leblon". Faleceu em 1989 com 87 anos.